lake, sunset, man-3808828.jpg

Atendendo a pedidos, estou de volta com mais um capítulo da minha odisseia pessoal, que eu gosto de chamar de “Bianca versus o Crack: 20 anos e contando”. Sim, você leu corretamente, duas décadas sem tocar naquela substância destruidora. Agora, se você acha que foi um passeio no parque, então, meu caro, você está muito enganado.

Lutar com a vontade de usar drogas não é nada fácil, mas é parte do processo de reestruturação da vida, a fim de tornar-se alguém livre da dependência química.

Para ser honesta, a vontade de usar foi como um hóspede inconveniente que não sabia quando era hora de ir embora. Durante mais de um ano, era como ter uma banda de heavy metal fazendo um show particular no meu cérebro, todos os dias, a toda hora. O coro de guitarras gritava “Dá vontade!”, mas eu contrariava com um refrão bem mais poderoso: “Vontade dá, vontade passa”.

Encontrar uma saída é possível e ainda que não exista atalho que elimine encarar a dor da retirada da droga, vou te mostrar neste post caminhos viáveis para melhorar suas habilidades emocionais que lhe ajudarão a enfrentar e sobreviver a esse desconforto. 

Porque o mais importante, mesmo que você esteja hoje subindo pelas paredes, a verdade é: essa vontade passa! Pode levar um tempo, pode fazer você se sentir como um participante de um reality show de sobrevivência, mas eventualmente, ela se manda. Como eu lidei com isso, você me pergunta? Ah, prepare-se para algumas dicas de ouro.

O desejo de usar drogas não é permanente, e há maneiras de administrar o desejo enquanto se recupera. Existem coisas às quais você precisa saber sobre a necessidade de usar drogas, incluindo quanto tempo essa necessidade dura, maneiras de lidar com o anseio e recursos para a recuperação. 

Primeiramente, eu cercava-me de pessoas que eu admirava e principalmente, afastei-me completamente daquele modo de viver e das pessoas que viviam para usar e usavam para viver. No início pode ser difícil socializar, mas ter um bom suporte de amigos e familiares é como ter um esquadrão pessoal de super-heróis a postos para te resgatar.

Dentre aqueles muitos desafios que uma pessoa enfrenta ao buscar superar o vício, incluindo desafios comportamentais e psicológicos, deparei-me com algo que se pode observar freqüentemente em quem se afundou e saiu detonando diversas áreas de sua vida pela dependência: uma baixíssima auto-estima, muitas crenças limitantes de incapacidade e o vício terrível de se comparar, se culpar e se auto rejeitar. Entretanto, com paciência e trabalho interno, é possível superar o essas barreiras e levar uma vida saudável e produtiva.

Quando a vontade batia, eu tinha um plano de ação tão bem preparado quanto o de um assalto no estilo La Casa de Papel. Em vez de máscaras e armas, eu usava livros, longas caminhadas, sessões intensivas de grupo de autoajuda e outras distrações para enganar meu jeito tão particular de me autoenganar.

Adotar a meditação também foi uma tática vencedora. Ao contrário do que muitos pensam, meditar não é conversar com espíritos, mas sim consigo mesmo. É como dar um abraço reconfortante em si próprio e lembrar que você é mais forte do que pensa.

A ajuda profissional foi o meu ás na manga. Terapia cognitivo-comportamental, aconselhamento, todas aquelas coisas que você acha que são apenas para “os outros” tornaram-se minhas aliadas indispensáveis na batalha contra o crack.

Então, para resumir: enfrentar a vontade de usar drogas é como enfrentar um boss de videogame no nível máximo. Parece impossível, mas com as estratégias certas, você pode, sim, derrotá-lo. E, acredite, você é mais forte do que qualquer vício.

Se precisar de ajuda, não hesite em pedir. Não há vergonha em buscar apoio. De amigos, familiares, profissionais… E até de mim! Lembre-se: nessa batalha, ninguém está sozinho.

Ficar limpo é fácil. O desafio é permanecer limpo. O vício pode ser uma desordem muito complicada de ser superada. Não apenas os grandes hábitos, aqueles que todos podem ver, mas os pequenos maus hábitos também precisam mudar. Isso inclui aqueles hábitos, inclusive, que ninguém percebe. Pensamentos viciados. Emoções que tornaram-se vícios… É o que realmente acaba por provocar os comportamentos que comumente levam às recaídas.


E sempre tenha em mente: “Vontade dá, vontade passa”. E a cada vez que essa vontade passa, você se torna ainda mais forte. Brindemos então à resiliência e à sobriedade!

 

Eis a questão que muitos fazem: Por quanto tempo tenho que sofrer na espiral desesperada da fissura por drogas? 

Bom, uma pergunta mais intrigante que mistério de novela das oito, não é mesmo? Não se assuste com a pergunta, meus amigos, porque a resposta, como sempre, depende (sim, ninguém disse que seria fácil!). O tempo que leva até a vontade frenética de usar drogas começar a esmorecer depende de fatores mais variados que ingredientes numa receita de feijoada. Levamos em conta o tempo que você tem usado drogas, seu grau de dependência e até mesmo a existência de quaisquer problemas de saúde mental subjacentes. Mas acalme-se, não entre em pânico! No geral, como num episódio de Chaves, com o passar do tempo, a maioria das pessoas começa a controlar melhor suas compulsões e eventualmente consegue se libertar do uso de drogas. Sim, você ouviu direito: LIBERDADE!

Agora vamos ao verdadeiro manual do usuário para lidar com a fissura. Aquele guia prático que vai te ajudar a mandar a vontade de usar drogas para bem longe, como se estivesse jogando uma partida de golfe com o Hulk:

  1. Primeiro, respire fundo! Encontre seu próprio santuário de paz interior. (Eu sei, eu sei, parece fácil, mas é mais difícil que encontrar uma agulha no palheiro!)

  2. Redirecione sua mente para outra atividade, como caminhar no parque ou ligar para aquele amigo que você jurou que ligaria (Sim, lembrei da promessa de Ano Novo).

  3. Evite gatilhos. Pessoas ou lugares que te lembram o uso de drogas são como um convite para o lado escuro da força.

  4. Se você está se sentindo mal, não segure isso! Como diria a Elsa de Frozen, “Liberte-se, não reprima mais!”.

  5. Encontre apoio, seja de membros da família, amigos ou até mesmo profissionais que entendem a luta que você está enfrentando. Lembre-se, até mesmo os Vingadores precisam de ajuda às vezes.

  6. Não hesite em procurar pessoas que também estão se recuperando. Eles podem te dar a melhor orientação, porque sabem exatamente o que você está passando. Se é pra falar de dor, que seja com quem entende!

  7. Finalmente, planeje seu amanhã hoje. Pense na sua jornada de recuperação como um mapa do tesouro, e cada dia é uma etapa para alcançar o ouro no final.

Outra dica é buscar reuniões de NA (Narcóticos Anônimos). Pense nisso como um clube secreto onde todos têm superpoderes para ajudá-lo a vencer seus demônios. E existem inúmeros grupos de apoio online e linhas diretas onde você pode conseguir aconselhamento 24 horas por dia, 7 dias por semana.

No início, é verdade, a abstinência é como uma tempestade: forte, assustadora e parece que nunca vai passar. Mas, como diz Provérbios 4:18, “Mas a vereda dos justos é como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito.” Eventualmente, a tempestade passa e dá lugar a um belo amanhecer.

Em resumo, superar o vício pode ser tão desafiador quanto é para aquele tipo de pessoa maluca que a gente vê em filmes o fato de decidir um dia subir o Monte Everest com uma mochila cheia de pedras. Mas lembre-se, é um processo para toda a vida, e o esforço e dedicação valem a pena. O caminho para a recuperação é longo e repleto de obstáculos, mas a vista lá de cima é incrível. Então, mesmo que o desejo de usar drogas pareça esmagador, lembre-se de que é passageiro e há muitas formas de lidar com isso. Não hesite em pedir ajuda – afinal, mesmo os heróis têm seus ajudantes! E, no final, você descobrirá que o sabor da liberdade é muito melhor do que qualquer outra droga que já experimentou. Nunca perca a esperança e continue lutando, porque a recuperação é possível. E acredite, você não está sozinho nessa jornada.