Mentalidade: A sua é de crescimento ou é fixa?
Talvez você não note com facilidade, mas a verdade é que sua vida segue uma sequência de ações, todos os dias, provavelmente há anos. É bem possível que você nem pense muito a esse respeito. Lembra-se do “piloto automático” de que falamos no capítulo 3? Trata-se de um gatilho emocional que pode ser disparado por muitos estímulos, como crenças cristalizadas em nossa mente, opiniões alheias e coisas tidas como verdade. É esse tipo de condicionamento que nos leva, por exemplo, a pensar na segunda-feira como um dia ruim, em vez de enxergar, no início de uma semana, mais um período de oportunidades para alcançar objetivos. Da mesma forma, muitos de nós repetimos, quase sem pensar, práticas e hábitos enraizados, embora nem sempre benéficos ou produtivos.
Nesses casos, reagimos com desculpas perante nós mesmos. Quantas vezes, por exemplo, você teve uma justificativa na ponta da língua para fugir da alimentação saudável, no lugar de vencer as tentações da mesa por saber que alcançar a meta é mais importante do que saciar um desejo momentâneo? Já parou para refletir sobre porque faz as coisas do jeito que faz, todos os dias? Ou em como seria se pudesse mudar hábitos prejudiciais pelos benéficos para sua autoestima, saúde, vida em família, realização profissional, satisfação conjugal e plenitude espiritual?
Podemos, sim, traçar uma linha de pensamento claro sobre o que faz alguns terem excelentes resultados em suas empreitadas, enquanto outros não alcançam seus objetivos, vivendo insatisfeitos e estagnados. Considere o termo mind- set, que quer dizer configuração mental – é a forma como organizamos os pensamentos e como lidamos com o que nos acontece. Assim, mindset seria a atitude mental que temos diante de cada fato.
No livro Mindset: a nova psicologia do sucesso, Carol S. Dweck traz o olhar técnico e científico sobre 2 tipos de mentalidade, com embasamento em centenas de estudos rigorosos de casos reais. Psicóloga e PhD, ela é uma especialista cujo foco está no desenvolvimento humano e que estudou, por mais de vinte anos, a mentalidade do sucesso. “O que importa não é sua capacidade, mas o esforço que inflama essa capacidade e a transforma em realização”, diz Carol. Sua obra defende que o tipo de mentalidade que você tem é o que vai conduzi-lo ao sucesso ou arrastá-lo para o fracasso. Fundamentando seus argumentos em testes e análises, ela demonstra como a verdadeira diferença entre os bem e os malsucedidos está na própria mente. É o bem contra o mal, ou, pela explicação do livro, são os pensamentos limitadores de uma mentalidade fixa versus os pensamentos de otimismo, dedicação e ressignificação de uma mente aberta ao crescimento.*
* DWEICK, Carol. Mindset: A nova psicologia do sucesso. Trad. S. Duarte. Rio de Janeiro: Ob- jetiva, 2017.
Uma pessoa com mindset fixo pode ter crenças como: “pau que nasce torto, nunca se endireita”, “dinheiro é a raiz de todos os males”, “homem/mulher é tudo igual”, “com o tempo o casamento esfria”,“o amor é uma flor roxa que nasce no coração do trouxa” ou “a vida é um boleto atrás do outro”, colocando nessas respostas todas as suas justificativas.
Leia o seguinte trecho impactante e revelador da obra da doutora Carol:
Quando eu era uma jovem pesquisadora em início de carreira, aconteceu algo que mudou minha vida. Eu era obcecada pela ideia de compreender como as pessoas lidam com fracassos, e resolvi estudar esse tema observando como os estudantes enfrentavam problemas difíceis. Assim, levei várias crianças, uma de cada vez, a uma sala na escola delas, onde as deixei ficar à vontade com uma série de quebra-cabeças
para resolver. Os primeiros eram bastante fáceis, mas os seguintes iam ficando mais difíceis. Enquanto as crianças resmungavam, suavam e se esforçavam, eu observava as estratégias delas e investigava o que pensavam e sentiam. Eu esperava encontrar diferenças no modo como elas enfrentavam as dificuldades, mas percebi uma coisa que jamais havia imaginado. Diante dos quebra-cabeças mais difíceis, um menino de 10 anos puxou a cadeira para mais perto, esfregou as mãos e exclamou: “Adoro um desafio!”. Outro, lutando com as peças, ergueu os olhos com uma expressão satisfeita e disse, com ar de autoridade: “Sabe, eu já esperava aprender alguma coisa com isso!” O que há de errado com eles?, pensei.
Sempre havia achado que uma pessoa ou sabia lidar com o fracasso, ou não sabia. Nunca imaginara que alguém pudesse gostar de errar e falhar. Essas crianças seriam excepcionais ou teriam encontrado alguma coisa nova?
Doutora Carol conta também sobre a reação de crianças de 4 anos quando foi lhes dada a opção de refazer um quebra-cabeça fácil ou tentar um novo conjunto de peças mais difícil. Aquelas com uma atitude mental fixa escolheram o quebra-cabeça fácil, pois sabiam que podiam completar a tarefa com sucesso. Essa atitude das crianças é a perfeita ilustração do que significa a mentalidade fixa: “Já que não vou conseguir, é melhor nem tentar”. Essa é a mentalidade daqueles que justificam as próprias falhas dizendo que não são mesmo inteligentes ou capazes. Já as pessoas dotadas de mentalidade de crescimento consideram intrigantes as tarefas que lhes são delegadas – afinal, por que alguém iria querer continuar montando sempre o mesmo quebra-cabeça? Escolhiam sempre um novo e mais difícil. “Estou louca para descobrir a solução!”, exclamou uma menininha. As crianças com mindset fixo acreditavam que indivíduos inteligentes sempre precisam ter êxito e não podem falhar. Já para aqueles com mentalidade de crescimento, é possível se empenhar, persistir, se dedicar e, assim, ficar ainda mais inteligente.
O mindset de crescimento, olhando para o que a Palavra de Deus revela, é o modus operandi do coração humilde e moldável, o jeito de olhar daqueles que não desistem de sonhar, que encontram boa vontade para acreditar e tentar de novo, esforçando-se um pouco mais, reconhecendo que não sabe de tudo e nem se tem todas as respostas.
Jesus Cristo, que foi um Mestre por excelência, muito disse acerca do poder da correta disposição mental e da fé. Suas perguntas eram capazes de deslocar a mente das pessoas para fora das margens da zona de conforto. Sua capacidade de enxergar o que mais ninguém via foi o que transformou os pescadores Pedro, Tiago e João nos discípulos que ajudaram a mudar a história da humanidade.
Eu posso aceitar o fracasso. Todo mundo falha em alguma coisa. Mas eu não posso aceitar não tentar.
Michael Jordan
Em que lugar de sua vida você tem alimentado um mind- set fixo? Mesmo que não seja assim com todas as pessoas, olhe com honestidade para o modo como trata seus pais, seus filhos, seu cônjuge, seus liderados, ou o que pensa e diz sobre eles. É como se tivessem obrigação de fazer coisas para você, ou de expressar o tempo inteiro o quanto você fez tudo por eles? Talvez o leitor não expresse gratidão aos seus pais, pensando que cuidar de você não foi “mais do que obrigação”; ou, então, nem se lembre da última vez que disse para seu marido ou sua esposa o quanto tem gratidão pelo suporte e companheirismo, bem como por ter alguém com quem contar para a vida toda. A doutora Carol acredita que mindsets fixos podem ser transformados em mindsets de crescimento a partir da adoção de certos comportamentos e perspectivas:*
10.Estabeleça um objetivo a cada conquista que você tiver e comemore-a, celebrando grandes e pequenos triunfos.
Eu sei como é quando você está tentando fazer mudanças em sua vida sozinho. Momentos de frustração e desânimo são os principais sabotares e é por isso que você parece manter-se de certa forma, paralisada.
Se você se sente cansada de resultados nulos ou tão lentos, vai se beneficiar imensamente dos serviços de coaching que ofereço – para ajudá-la no processo e ser sua parceira de responsabilidade, porque é essa a hora de alcançar seus sonhos.
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